Eu estava entusiasmado para fazer um pequeno facão para camping, empreguei uma serra circular de cortar madeira, tudo ia bem, mas depois da têmpera acabei quebrando a lâmina próximo da região do cabo. A tentativa foi desentortar um empenamento com a técnica de 3 pontos, na morsa. Eu deveria ter usado a técnica do martelinho, mas morando em apartamento todo barulho é complicado e o resultado foi terrível, horas e horas de trabalho perdidas. O mesmo aconteceu com uma mini bowie que eu estava trabalhando a certo tempo, essa forjada.
Pequeno facão, 22 cm de lâmina.
Mini bowie, 15 cm de lâmina.
Da dor, vem o aprendizado: melhorar a usinagem, a normalização, a têmpera e o desempenamento (quando necessário).
Eu desconfiava da têmpera e uma quebra é uma ótima oportunidade para avalia-la. Pelo tamanho do grão do aço se sabe a qualidade da têmpera. Um grão pequeno, é sucesso, dá para comparar com uma lima quebrada, fora isso, a têmpera foi problemática. A seguir aparecem fotos com a comparação, da esquerda para a direita, bowie, facão e lima.
Pelas fotos nota-se que o grão do aço para a bowie ficou grande, têmpera ruim. O grão deve ser pequenininho, bem homogêneo. Pelo que consegui descobrir no fórum
Cutelaria Artesanal e bem explicado pelo cuteleiro profissional Voss, o crescimento do grão é provável pelo aquecimento excessivo da lâmina antes da têmpera, coisas de novato.
Agora, vou testar a têmpera com diferentes aços de teste e achar o ponto certo. A têmpera é a parte mais crítica na fabricação de uma boa lâmina e não pode ser errada.
O caminho do aprendizado passa pelo erro, não dá para pular etapas e me vejo necessitado de estudar com mais cuidado como a minha forja trabalha e como avaliar melhor a temperatura do aço. A pressa de fazer resulta em erro!